sexta-feira, 28 de maio de 2010

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Fuga de enfermeiros e início das férias põe INEM em risco de ruptura


O início do período de férias e a saída de enfermeiros até aqui cedidos ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) pelos seus hospitais de origem pode criar em breve uma situação de ruptura nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) e nos de Suporte Imediato de Vida (SIV). Números internos a que o i teve acesso revelam que desde Fevereiro a carga de horas extra tem vindo a aumentar, devendo superar em Junho as 20 mil, só com enfermeiros. A estimativa refere-se apenas às escalas para atender a todos os serviços em funcionamento no país, e não inclui situações de doença ou absentismo. Contactado pelo i, o gabinete de comunicação do INEM não confirma nem desmente estes números. "O único aumento que poderá haver prende-se com o período de férias, como acontece em todo o lado", disse a porta--voz, Raquel Leal.A saturação dos serviços foi denunciada esta semana pela deputada social--democrata Rosário Águas, na Comissão Parlamentar da Saúde que sucedeu à apresentação do plano de dez medidas para cortar 50 milhões na despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS). A primeira medida pede aos hospitais do SNS para apresentarem ao Ministério da Saúde, no prazo de 20 dias, um plano de redução de despesas, no qual deverá constar um corte de 5% na despesa com horas extraordinárias. "Perante o apelo a um corte cego nos hospitais, como é que se autoriza este desperdício do INEM?", questionou a deputada. "O montante gasto em horas extraordinárias dava para contratar 400 profissionais", critica ao jornal "I"

terça-feira, 25 de maio de 2010

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Grandes bancos agravam 'spreads'



No espaço de uma semana, BES, BCP, CGD e BPI subiram as suas margens. Totta sobe em Junho
Ao longo desta semana, quatro dos cinco maiores bancos portugueses agravaram os seus spreads aplicados aos novos empréstimos à compra de casa. A crise de liquidez que ameaça a banca, especialmente nestas últimas semanas, acelerou um processo de agravamento que já tinha começado há mais de um ano. Dois dos grandes bancos já praticam spreads máximos acima dos 4%. O Santander Totta vai agravar a sua margem mínima de 1 para 1,25 pontos a partir de 1 de Junho.
Depois de o Millennium bcp e Banco Espírito Santo (BES) terem subido as suas margens no início da semana, seguiram-se-lhe a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Banco BPI.
O banco público, que já tinha agravado em Abril, actualizou agora a sua margem mínima de 0,95 para 1,25 pontos percentuais e a máxima de 3,20 para 3,35 pontos, no que respeita aos clientes de risco favorável. Já no que toca aos clientes com risco para análise, a CGD só negoceia a partir de um mínimo de 1,50 (1,25 anteriores), chegando agora a um máximo de 4,15 pontos.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

terça-feira, 18 de maio de 2010

Está tudo bem... para alguns poucos.


Crise económica vai agravar situação dos últimos trabalhadores despedidos - sindicato
18 05 2010 09.32H
Devido à crise económica, os 286 trabalhadores dispensados da fábrica Delphi da Guarda, no âmbito de um processo de despedimento coletivo, vão ter “mais dificuldades” em conseguir novo emprego, alertou hoje à Lusa fonte sindical.
Destak/Lusa
destak@destak.pt
Segundo Adelino Nunes, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e Metalomecânicas (STIMM) de Aveiro, Viseu, Guarda e Coimbra, os operários da Delphi perderam os postos de trabalho em época de crise e “numa altura em que o desemprego tem estado a crescer constantemente” no país.
O sindicalista indicou que 259 trabalhadores perderam o vínculo com a fábrica em abril e que o despedimento coletivo de 286 operários da multinacional de fabrico de cablagens para a indústria automóvel chega ao fim na segunda feira, com a dispensa de mais 27.
Os despedimentos processam-se numa altura de crise, observou o dirigente do STIMM, apontando que as medidas anunciadas pelo Governo “não auguram nada de bom” para os trabalhadores dispensados.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Estado social onde está?

Fisco empurra idosos para lares


Sistema fiscal penaliza quem cuida dos pais e recebe subsídio por ascendente dependente.
A Segurança Social tem reforçado, nos últimos anos, o apoio à terceira idade através dos complementos solidário ou de dependência. Só que o esforço da acção social, cuja filosofia é apoiar aqueles que verdadeiramente precisam, não tem sido acompanhado pelo sistema fiscal. O que um dá… o outro tira. Isto porque, por um lado, os subsídios adicionais da Segurança Social são considerados "rendimento" pelo fisco, e, por outro, não se mexeu nos plafonds máximos das receitas em termos de IRS no que toca aos ascendentes dependentes. Esta situação criou impactos negativos junto das famílias que mantêm os pais em casa, em economia comum, e que, de um ano para outro, deixaram de poder incluí-los no seu agregado, simplesmente porque "deixaram de ter condições" devido ao tal subsídio que os fez ultrapassar o tecto do valor estipulado anualmente pelo Estado. Só que o mesmo não já se passa quando um idoso se encontra num lar privado. Aí os critérios são diferentes e beneficiam o contribuinte que paga a mensalidade.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ontem ao fim do dia não parecia...


Lisboa é a quarta cidade europeia onde a pobreza é um dos problemas mais consensuais. Segundo o novo eurobarómetro sobre qualidade de vida nas cidades publicado ontem, a capital portuguesa surge apenas atrás das capitais Budapeste e Riga, e da cidade húngara Miskolc. Associados estão problemas crescentes como a dificuldade em pagar contas ou os preços das casas. Lisboa está entre as cidades onde os residentes têm mais dificuldades em resolver as facturas do final do mês - 67% dos inquiridos nesta análise da Comissão Europeia admitem ter dificuldades. A percepção de que falta emprego é um dos cenários mais comuns - só em seis cidades mais de metade dos habitantes dizem ser fácil encontrar trabalho. Em Lisboa, apenas 14% dos inquiridos acham fácil encontrar emprego.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Para quando o enterro do neo-liberalismo?


O Neo-liberalismo é uma corrente de pensamento e uma ideologia, acabando por ser uma forma de ver e julgar o mundo social.
Todos temos assistido nos últimos decénios à sua aplicação nos diversos domínios da vida social. O declínio do liberalismo clássico foi vertiginoso a partir de 1929, aquando da quebra da Bolsa de Valores de Nova York. Desde então, ganharam forças, as teorias da intervenção do Estado na economia. O período de pós-guerra até à década de 60, foram os anos de maior desenvolvimento das economias capitalistas.
Depois desta época de forte intervenção estatal, a partir dos anos 80, regressaram em força as correntes liberais. A solução proposta foi a redução do poder do Estado, diminuição generalizada de tributos, privatização das empresas estatais e redução do poder do Estado de fixar preços. Margaret Thatcher destacou-se no espaço europeu, ao abraçar com determinação esta ideologia neo-liberal. Quando saiu do poder os resultados falavam por si, a pobreza infantil havia triplicado, colocando a Inglaterra no último lugar da Europa, relativamente a este índice, ao mesmo tempo que a classe mais alta via subir os seus rendimentos cinco vezes mais que a classe mais baixa, isto é, a desigualdade social aumentou então drasticamente.
A mais recente onda liberalizante teve início com a queda do muro de Berlim, tendo sida fundamentalmente promovida pelo FMI e, os economista liberais, que viam nesta corrente ideológica o remédio para reduzir a pobreza e acelerar o desenvolvimento global.
Pois bem, após todos estes anos de forte implementação destas medidas liberais, as mesmas não reduziram as desigualdades, antes pelo contrário, acentuaram-nas, e a pobreza tem aumentado de forma dramática. A desregulação dos mercados teve como consequência uma maior concentração do poder económico nas mãos de empresas monopolistas, cujo fim é apenas o lucro, não tendo a mínima consideração pelo bem-estar da pessoa humana.