quinta-feira, 31 de março de 2011

quarta-feira, 30 de março de 2011

sexta-feira, 25 de março de 2011

Quem te avisa... teu inimigo é!...


O líder do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, advertiu hoje em Bruxelas que as metas de défice até 2013, com as quais Portugal se comprometeu, são para cumprir, qualquer que seja o próximo Governo, tendo disso dado conta ao líder do PSD.

Destak/Lusa | destak@destak.pt

Juncker indicou que num encontro mantido na quinta-feira com “o líder da oposição portuguesa”, Pedro Passos Coelho, à margem da cimeira do Partido Popular Europeu (PPE), lhe disse que Portugal precisa mesmo de fazer “esforços suplementares” de consolidação orçamental, tendo recebido do presidente do PSD a garantia de que se o seu partido for Governo manter-se-á comprometido com os objetivos traçados.

O presidente do Eurogrupo sublinhou que também o primeiro-ministro José Sócrates deu essa garantia aos seus parceiros durante o Conselho Europeu, afirmando que as metas de défice e de consolidação das finanças públicas portuguesas serão respeitadas qualquer que seja o desfecho da atual crise política.

No final do primeiro dia de cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, Juncker disse que se falou “obviamente dos acontecimentos recentes em Portugal”, garantiu que não se discutiu, “de forma alguma”, a possibilidade de o país recorrer de imediato ao fundo de resgate, mas indicou que foi transmitida uma mensagem muito clara a Portugal.

“Deixámos perfeitamente claro que quem quer que esteja no próximo Governo português terá que apresentar resultados em termos de consolidação orçamental”, disse, apontando que o que está em causa “não depende de partidos ou da composição do Governo”, mas sim de “um acordo entre a Zona Euro e Portugal”.

O presidente do fórum que reúne os países-membros da Zona Euro revelou que também deixou “perfeitamente clara” essa mensagem na conversa com Passos Coelho.

“Todos os partidos relevantes em Portugal sabem, e têm que saber, que somos muito exigentes quanto ao cumprimento dos objetivos e metas definidos em comum”, disse.

quinta-feira, 24 de março de 2011

quarta-feira, 23 de março de 2011

Mudar para... ficar tudo na mesma...


Imagem retirada do blog :http://wehavekaosinthegarden.blogspot.com/

JOSÉ SÓCRATES MARCA COMUNICAÇÃO AO PAÍS PARA AS 20.00 HORAS

por DN.ptHoje

Primeiro-ministro deixou o Parlamento, vai a Belém ao fim da tarde e depois fala aos portugueses à hora dos telejornais, disse ao DN fonte oficial.

José Sócrates vai falar ao País às 20.00h, em São Bento, uma hora depois da reunião que terá com o Presidente da República, Cavaco Silva, em Belém, apurou o DN de fonte oficial.

A esta hora decorre o debate na Assembleia da República, a que Sócrates -- e grande parte dos ministros do seu Governo -- não assistem. Às 15h37, o primeiro-ministro, depois de ouvir a intervenção inicial do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, abandonou o hemiciclo, dirigindo-se para a sua residência oficial.

segunda-feira, 21 de março de 2011

domingo, 20 de março de 2011

Porque será que isto já se advinhava?


Um rebelde grita "Allahu Akbar!" (Deus é grande!) em frente a veículos das forças leais a Kadhafi que foram bombardeados pela coligação.

Seif al-Islam, filho de Muammar Kadhafi, afirmou hoje numa entrevista estar surpreendido com os ataques à Líbia e que os países ocidentais foram atrás de um "grande mal-entendido" sobre a situação política no país.

Seif al-Islam disse à televisão norte-americana ABC que o pai não faz tenção de abandonar a liderança líbia e assegurou que "todo o país está unido contra as milícias armadas e os terroristas".

"Ontem (sábado) ficámos surpreendidos (...) Foi uma enorme surpresa ver o presidente Obama - que pensávamos ser um homem bom e um amigo do mundo árabe - bombardear a Líbia", disse.

O filho do líder líbio negou que o exército líbio tenha atacado forças da resistência, sustentando que a cidade é controlada por "terroristas e milícias armadas" que atacam os civis e o exército. "Se os americanos querem ajudar a população de Benghazi, que vão a Benghazi e libertem a cidade das milícias e dos terroristas", disse. Questionado sobre se o pai vai sair do poder, Seif al-Islam afastou essa possibilidade.

"Afastar-se porquê? Mais uma vez há um grande mal entendido. O país está todo unido contra as milícias e os terroristas. Os americanos e os outros países ocidentais estão simplesmente a apoiar os terroristas e as milícias", disse.

sábado, 19 de março de 2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

Horizonte simulado - José Diogo Quintela


A minha avó tinha um pobre só dela. Um pedinte que, de vez em quando, ia lá a casa e a quem a minha avó dava algum dinheiro. Hoje em dia já ninguém tem pobres. Os pobres são todos do Estado. Em vez de contarem histórias comoventes a velhinhas, fazem prova de rendimentos no guichet da Segurança Social. Um caso em que o Estado, de facto, facilita a vida aos cidadãos, aliviando-os. Nomeadamente, do sentimento de culpa ao negarem esmola a um mendigo, que agora já tem quem o subsidie oficialmente.

Pensava eu que isto de ter um pobre só para si era um anacronismo, até perceber que Angela Merkel também tem um. Chama-se José Sócrates e visitou-a recentemente em Berlim (uma notícia que, se O Independente ainda existisse, teria como manchete "Sem bolas em Berlim"). Supostamente, Merkel ficou contente com Sócrates devido aos números da execução orçamental de Fevereiro. Faz sentido. Se há coisas que agradam a alemães, são contas rigorosas e execuções.

Mas eu acho que não foi só isso. Estou convencido de que, para convencer a exigente Merkel, mais do que basear-se em boas contas, Sócrates baseou-se na Praia Artificial de Mangualde. Eu explico.

A Praia Artificial de Mangualde é um prodígio. Se não da técnica, pelo menos do marketing. A empresa que vai montar a praia artificial é a Live it Well Events que, no seu site, tem um filme de apresentação em que me pede que "imagine uma praia onde ela não existe". Até aqui, nada de novo. No Algarve fartam-se de me pedir que faça de conta que um amontoado de gente, terra e chapéus-de-sol é uma praia. Uma alegre suspensão voluntária da descrença em que eu alinho.

Depois de pedir para imaginar, garante "nós fazemos o resto". E o resto é uma praia no meio da Beira Alta, a 100km do mar. Começando na zona VIP (e não é fácil cativar os exigentes vips de Mangualde), passando pelos restaurantes e pelas 6500 toneladas de areia, o filme mostra todas as infra-estruturas. Que, à primeira vista, fazem esta praia artificial parecer uma vulgar piscina. Mas isso é só até nos ser apresentado o "simulador de horizonte". O "simulador de horizonte" é a tela que, num dos lados da piscina, faz parecer que à frente, em vez de serra, é tudo mar. Parece catita. Mas, em bom português, o poético "simulador de horizonte" não é mais que um prosaico "justificador de xixi". O pudor, que habitualmente impede a micção num sítio onde a água não circula, desaparece com a ilusão de se estar em águas abertas, em que a corrente marítima leva o ácido úrico para longe.

E eu gostava de imaginar que, inspirado por isto, o que Sócrates apresentou a Merkel foi, mais do que contas arranjadinhas, um "simulador de horizonte". Um trompe-l"oeil cujo objectivo é fazer crer que Portugal tem um horizonte, uma saída em vista. E gostava de imaginar que Angela Merkel não desconfia que o horizonte é simulado, que a perspectiva é aldrabada. Agora é só esperar que a chanceler não venha a Portugal e sinta quão morninha está a água. E nisso estou confiante. Pelo menos, a minha avó nunca visitava o pobre dela.

domingo, 13 de março de 2011

Cantarei... dos que fazem Portugal no trabalho dia a dia




Vivi povo e multidão
sofri ventos sofri mares
passei sede e solidão
muitos lugares
sofri países sem jeito
p´r´ó meu jeito de cantar
mordi penas no meu peito
e ouvi braços a gritar

e depois vivi o tempo
em que o tempo não chegava
para se dizer o tanto
que há tanto tempo se calava

vivi explosões de alegria
fiz-me andarilho a cantar
cantei noite cantei dia
canções do meu inventar

cantarei cantarei
à chuva ao sol ao vento ao mar
seara em movimento
ondulante, sem parar

Hoje resta-me este braço
de guitarra portuguesa
que nunca perde o seu espaço
e a sua beleza
hoje restam-me os abraços

nesta pátria viajada
dos que moram mesmo longe
a tantos dias de jornada

dos que fazem Portugal
no trabalho dia a dia
e me dão alma e razão
nesta porfia

por isso invento caminhos
mais cantigas viajantes
e sinto música nos dedos
com a mesma força de antes
cantarei cantarei
à chuva ao sol ao vento ao mar
seara em movimento
ondulante, sem parar




Também eu lá estive a "sentir o pulsar do nosso povo"... Lutando contra ventos e marés...

sexta-feira, 11 de março de 2011

Sismo e tsunami no Japão: encontrados entre 200 e 300 corpos numa praia

Um último balanço indicava 60 mortos na sequência do sismo de 8,9 na escala de Richter registado esta madrugada no Japão. Mas esses números estão aquém da realidade. Numa praia de Sendai, na região de Miyagi, foram encontrados entre 200 e 300 corpos.

Sete horas após o violento sismo - ao qual se seguiu um tsunami -, o número de vítimas contabilizadas pelas autoridades nipónicas tem vindo a aumentar. Mas qualquer balanço feito pelas autoridades é provisório.

"Os danos são tão extensos que precisamos de mais tempo para reunir a informação dispersa", em várias regiões atingidas, indicou um responsável.

O Governo já admitiu que os danos são "consideráveis". O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, está reunido de emergência com o seu governo e determinou a criação de um comité de crise para monitorizar a situação, tendo ainda enviado meios navais para Tóquio e para a zona de Miyagi.

11 reactores encerrados

Entretanto, as autoridades japonesas declararam o estado de emergência na central nuclear de Fukushima (nordeste) após avaria no sistema de arrefecimento da unidade, disse hoje um porta-voz do Governo, que garantiu não existir fuga de radiações. Registou-se ainda um incêndio no edifício da turbina de uma central nuclear na região de Miyagi, no nordeste do Japão, disse fonte da empresa concessionária Tohoku Electric Power. Após o sismo, o Governo de Tóquio mandou paralisar 11 reactores no país.

quinta-feira, 10 de março de 2011

quarta-feira, 9 de março de 2011

Professor demitido de funções da DREC por contestar modelo de avaliação

Um professor foi demitido do cargo de coordenador da Equipa de Apoio às Escolas avaliação dos docentes, por ter contestado a a avaliação dos docentes, um assunto que o ministério considera ser da exclusiva responsabilidade da Direcção Regional de Educação do Centro.

Alguns jornais tornaram hoje pública a decisão da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) de afastar o coordenador da Equipa de Apoio às Escolas de Coimbra, Ernesto Paiva, depois de o professor ter assinado um documento, que circulava na sua escola, contra o modelo de avaliação de desempenho.

Para o Ministério da Educação, quem ocupa cargos como o de coordenador da equipa de apoio às escolas está obrigado ao "dever de lealdade" uma vez que cabe a estes responsáveis a tarefa de "acompanhar as escolas na implementação das medidas de politica educativa".

"As equipas de apoio às escolas são estruturas da responsabilidade das Direcções Regionais de Educação (DRE)", disse uma assessora do Ministério da Educação, explicando que há uma delegação de competências do ME para as DRE e que por isso é a direção regional que está a estudar o caso.

"Esta é uma questão gerida pela DREC. O Ministério não interfere nas questões internas de funcionamento das estruturas", concluiu, recusando-se a prestar mais declarações sobre a história do professor que ocupava um cargo na DREC desde 2005.

segunda-feira, 7 de março de 2011

quinta-feira, 3 de março de 2011

"Geração à Rasca" já mobiliza mais de 37 mil e estende-se a 7 cidades


Mais de 37 mil pessoas confirmaram até hoje, no Facebook, a participação no Protesto Geração à Rasca, agendado para 12 de março em Lisboa e Porto, mas que já se estendeu a Viseu, Leiria, Faro, Funchal e Ponta Delgada.

Destak/Lusa | destak@destak.pt

Na página do Facebook da iniciativa, o apelo é lançado aos “desempregados, ‘quinhentoseuristas’ e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal!”.

Paula Gil, uma das organizadoras, não esconde o seu espanto pela enorme adesão que teve a iniciativa, que começou por ser uma ideia de quatro amigos, mas explica-a de forma muito simples: “a precariedade é transversal e afeta muita gente”.

A ideia partiu de uma conversa entre quatro amigos, que estavam a debater a situação do país e que, sabendo que havia muita gente na sua situação, se lembraram de criar uma página na rede social Facebook a apelar para um protesto, explicou à Lusa Paula Gil.

“Nunca pensámos ter um crescimento tão grande em tão pouco tempo. Ao fim de alguns dias, tínhamos 800 inscrições, de várias pessoas que nenhum de nós conhecia”, afirmou.

Mas as proporções que assumiu a iniciativa dos jovens foi tal que acabou por sair do seu domínio e aquilo que seria um protesto simultâneo na Avenida da Liberdade, em Lisboa, e na Praça da Batalha, no Porto, já se estendeu a Viseu, Leiria, Faro, Funchal e Ponta Delgada.

“Pelo menos esta é a informação que nos tem chegado. Fomos recebendo contactos destas cidades e embora não sejamos nós a organizar o protesto nas outras cidades, acredito que vai haver adesão”, disse Paula Gil.

A página foi criada por João Labrincha, com a participação de Paula Gil, Alexandre de Sousa Carvalho e António Frazão.

O protesto, que se afirma “apartidário, laico e pacífico”, reclama o direito ao emprego e à educação, a melhoria das condições de trabalho e o fim da precariedade, pelo “reconhecimento das qualificações, competência e experiência, espelhado em contratos e salários dignos”.

Quanto a expetativas de participação no evento, Paula Gil reconhece que não pode elaborar previsões com base no Facebook, mas tem “esperança que a adesão seja tão grande ou maior do que o número de inscrições”.

Segundo a organizadora, a autorização para o protesto já foi pedida ao Governo Civil.

Questionada sobre as mudanças que os organizadores esperam poder vir a operar no país com este “Protesto da Geração à Rasca”, Paula Gil responde: “temos esperança de colocar, ainda mais do que já colocámos, o tema na agenda política e que se perceba que as soluções partem de uma concertação social entre todos, incluindo nós”.

Na página do protesto, no Facebook, é pedido aos manifestantes que levem uma folha A4 com “o motivo da presença e uma solução”, para depois ser entregue na Assembleia da República.

quarta-feira, 2 de março de 2011