segunda-feira, 12 de março de 2012

Fim de Linha!


Alguma vez teria de chegar ao fim! (ou talvez não). No entanto faço-o com alguma tristeza. Foram 4 anos a "viajar" convosco neste "Sud Express". Muitos caminhos ficaram por fazer e outras estações que não cheguei a parar. Ficou o que ficou... Até sempre!...
Alvarez

domingo, 11 de março de 2012

Japoneses homenagearam com minuto silêncio e orações as vítimas do tsunami de há um ano.


O Japão assinalou hoje com um momento de silêncio, orações e manifestações anti-energia nuclear a passagem de um ano sobre o terramoto e tsunami que matou milhares de pessoas e desencadeou uma crise de radioactiva que desfez a confiança da população na energia atómica e nos líderes do país.

Nota: A nossa solidariedade com o povo japonês.

Crise força corte de gastos alimentares pela primeira vez nos últimos 15 anos.


Nos últimos meses do ano passado, a economia portuguesa conseguiu bater vários recordes, todos eles negativos. O consumo privado, os gastos públicos e o investimento apresentaram os maiores recuos desde que há registo estatístico, e a crise chegou mesmo à mesa dos portugueses, com o primeiro recuo dos gastos alimentares dos últimos 15 anos. As exportações - que se espera que sejam o motor da economia - também estão a abrandar, intensificando os receios de que, este ano, a recessão seja pior do que o esperado.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) actualizou ontem os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do último trimestre de 2011, apontando agora para uma queda homóloga de 2,8% no final do ano passado, a maior desde o segundo trimestre de 2009 - o ano da recessão internacional. Em comparação com o terceiro trimestre de 2011, o PIB contraiu ligeiramente mais do que o INE previa inicialmente (1,3%), sinalizando o acentuar da recessão.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, reagiu a estes números dizendo apenas que a contracção da economia em 2011 foi "substancialmente menor do que aquela que estava prevista no nosso programa de ajustamento" - 1,5%, em vez de 2,2%. Mas "esqueceu" o que os números também mostram: uma degradação significativa da actividade económica na fase final do ano, que parece ter afectado o poder de compra dos portugueses até nos bens mais essenciais - os alimentares.

A diminuição do rendimento disponível provocada pelos cortes salariais e pelos aumentos de impostos fez com que, nos últimos dois trimestres de 2011, as famílias tivessem reduzido as despesas com bens alimentares (-0,2% no terceiro trimestre e -1,1% no quarto). É a primeira vez desde 1996 - último ano para o qual o INE tem dados disponíveis - que estes gastos sofrem uma queda. O Banco de Portugal (BdP), que tem séries históricas das componentes do PIB, não tem informação trimestral sobre os gastos alimentares anterior a essa data, mas, a julgar pelos dados anuais, pode ser o pior valor registado em várias décadas. É que, se considerarmos todo o ano de 2011, as despesas com a alimentação estagnaram pela primeira vez desde 1971.

Nota: Para os nossos governantes tudo é... absolutamente normal...

Ataque de militar norte-americano que matou 16 civis continua por explicar.


A tensão entre a população afegã e os militares da missão da NATO naquele país voltou a subir, depois de um soldado americano ter escapado da sua base de Kandahar durante a madrugada, invadir várias casas vizinhas, descarregando a sua arma num tiroteio indiscriminado que matou 16 pessoas, entre as quais três mulheres e nove crianças. O sucedido deixou Barack Obama chocado e sem margem de manobra nas negociações de um acordo para a transferência de presos.
O inexplicável ataque — cujas razões ainda estão por explicar — veio aprofundar a crise diplomática e de segurança devido à presença militar estrangeira no Afeganistão e acicatar os ânimos já inflamados com o incidente da queima de cópias do Corão numa base norte-americana, no mês passado. Mais de 30 pessoas morreram em manifestações contra os Estados Unidos e o sentimento anti-americano atingiu um novo auge no país.

O Presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, foi sucinto na sua denúncia do ataque, que classificou como “um assassínio”. “A matança intencional de inocentes é indesculpável”, frisou, dizendo que já tinha enviado uma delegação para a província de Kandahar para investigar o ataque. O secretário americano da Defesa, Leon Panetta, citado pela AFP, assegurou a Karzai que o “suspeito” está detido e que está já em curso um “inquérito completo”.

Nota: Quem tem culpa não é o "infeliz" do soldado. Os culpados estão bem longe dali com o "rabinho" sentado nas cadeiras do poder...

Portugal pode ter de reestruturar a sua dívida.


O economista Nouriel Roubini, famoso por prever o colapso de 2008, antevê vida difícil para Portugal, com possibilidade de saída do euro. A Grécia terá de sair da moeda única em 2013.

O economista Nouriel Roubini afirmou numa entrevista à estação de televisão CNBC que Portugal poderá ser o próximo país da zona euro forçado a reestruturar a sua dívida. Famoso por prever a crise financeira de 2008, Roubini falava sobre as perspetivas da economia mundial em tom bastante pessimista.

Na opinião deste perito, a reestruturação grega foi essencialmente "uma boa notícia", prevendo o economista que Atenas abandone o euro, talvez "no início do próximo ano". Roubini espera uma recuperação económica global lenta, devido à recessão na periferia da zona euro, ao petróleo mais caro e ao abrandamento da economia chinesa. Este consultor admite a saída de Portugal da zona euro, tal como prevê para a Grécia.

No início da semana, o economista tinha publicado um influente artigo no Financial Times onde afirmava que era um mito dizer que os credores privados iam perder muito dinheiro na reestruturação da dívida grega. Na sua opinião, o acordo era até muito favorável para estes credores.

Entretnto, numa reação à reestruturação da dívida grega, ontem à noite a agência de notação Moody's considerou que a Grécia entrou em "incumprimento" da sua dívida, mas manteve a notação de C que atribuída a 2 de março.


Nota: O "nosso primeiro" diz que está tudo bem...

sexta-feira, 9 de março de 2012

Boneco do dia do KAOS.

Sorriso Amarelo.

Grécia garante perdão da dívida e evita bancarrota em Março.


O Governo grego anunciou nesta sexta-feira de manhã que concluiu o processo de troca de títulos da dívida, garantido a participação de 85,8% dos credores privados detentores de obrigações de direito grego.
O país evita assim a bancarrota e avança com a reestruturação da dívida, conseguindo uma participação suficiente para activar as cláusulas de acção colectiva (CAC) – mecanismo legal que pode forçar todos os credores com obrigações de direito grego a aceitar perdas, mesmo contra a sua vontade, desde que haja uma maioria de dois terços a favor. Vai ser o maior incumprimento de reembolso de dívida soberana de sempre, segundo o Financial Times. O comunicado emitido hoje pelo Ministério das Finanças explica que Atenas recomenda a activação dessas cláusulas, o que obriga os credores renitentes a aceitar os termos da troca. A taxa de aceitação entre o conjunto de credores privados com obrigações ao abrigo da lei grega e da lei internacional foi de 83,5%, o que deverá fazer com que a taxa de aceitação final fique em 95,7%.


Com esta operação, e com os termos do novo empréstimo da troika ao país, num total de 130 mil milhões de euros, a expectativa da UE e do FMI é de que os gregos cheguem a 2020 com uma dívida pública de cerca de 120% do PIB.

Nota: Mas alguma vez os gregos tem possibilidade de cumprir? Estes líderes europeus só à mocada...

'Israel não precisa de debates para iniciar ação militar' por LusaHoje


O presidente de Israel, Shimon Peres, afirmou na quinta-feira que o seu país não precisa de um "debate público" antes de iniciar uma ação militar contra o Irão, reiterando que todas as possibilidades continuam em cima da mesa.

Peres, de 88 anos, salientou durante uma visita a Los Angeles, nos Estados Unidos, que as sanções económicas são as primeiras medidas para pressionar Teerão a abandonar as suas ambições nucleares e a ameaça contra Israel, mas não as únicas.

"Penso que temos de tentar primeiro as sanções e depois veremos", disse, observando que, "no caso de África do Sul, as sanções funcionaram".

"Se tivermos que escolher, vamos começar com [medidas] não violentas...o que significa muito claramente que todas as opções estão em cima da mesa", acrescentou num discurso proferido em Beverly Hills.

Em relação a uma ação militar contra o Irão, o presidente israelita afirmou: "Não penso que temos de ter um debate público antes do tempo".

Peres está a realizar uma visita à costa oeste dos Estados Unidos, com paragens em Silicon Valley, onde lançou a sua página pessoal do Facebook no início da semana.

Nota: O "amigo" da América e da guerra.

Estado. Quebra nas reformas obriga a despedimentos.


Executivo vai ter de reduzir cerca de 33 mil trabalhadores do Estado até 2014. Aposentados contam, mas ritmo de reformas abrandou.

A manter-se o ritmo de aposentações até Abril, metade do objectivo para a redução dos trabalhadores da administração central será conseguido só por esta via até final deste ano. O Memorando da troika prevê uma contracção em redor dos 2% ao ano em todo o universo do Estado até 2014. O que significa, números redondos, 33 mil trabalhadores, entre os que estão no activo e os que se reformarem entretanto.

Só na administração central, a redução será de 20 mil trabalhadores nos próximos dois anos. É provável, no entanto, que já em 2013 tenham de sair mais trabalhadores no activo do que os que se aposentarem. Porque este número decresceu relativamente ao ano passado. O que mostra claramente que as pessoas preferem continuar nos empregos, ainda que com cortes salariais e eliminação dos subsídios de férias e Natal. No ano passado, reformaram-se mais 5300 pessoas do que as projecções para este ano.

O levantamento do número expectável de aposentados será o primeiro trabalho dos ministérios e deverá estar concluído até final deste mês. Só a partir daí se terá uma ideia concreta dos trabalhadores a dispensar para se atingirem as metas da troika. Depois disto, as primeiras dispensas serão feitas ao nível dos recibos verdes, seguindo-se os contratos feitos ao abrigo do regime de trabalho em funções públicas a termo certo.

Quanto à bolsa de mobilidade, criada pelo anterior governo em substituição do regime de excedentários, o i sabe que não é intenção deste executivo alimentá-la de trabalhadores dispensados pelo Estado.

“Uma das alterações que fizemos”, explicou o secretário de Estado da Administração Pública, Helder Rosalino, ao i “foi tornar mais difícil a transferência de trabalhadores no activo para esta situação. Agora os serviços têm de dar formação prévia à colocação do trabalhador na mobilidade”.

Na administração local e regional a redução de efectivos é variável, oscilando entre 1% a 3%. Nas autarquias, Madeira e Açores, os últimos dados conhecidos, de 2010, apontam para um universo de 200 mil trabalhadores. Ou seja, há que reduzir em média 4000 trabalhadores este ano e o mesmo número no ano que vem, incluindo os reformados. Na administração indirecta do Estado, os 72 mil trabalhadores deverão passar em 2014 para cerca de 69 mil.

Falta organização A dificuldade maior desta contabilização é que, ao contrário da esmagadora maioria dos países europeus, não há uma centralização dos pagamentos, logo é impossível conhecer o número de efectivos. As recentes leis orgânicas ainda não têm quadros de pessoal, pelo que se desconhece o número de futuros dirigentes e de funcionários que ficarão afectos a cada serviço.

Na reunião de Conselho de Ministros de quarta-feira, o governo aprovou no geral as novas regras que permitirão atingir as metas da troika.

Helena Rodrigues, dirigente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (FESAP), desconhece com que base é que o governo avança com estes números. “A administração pública continua a ser deficitária em recursos humanos”, afirma.

As negociações com os sindicatos da função pública estavam marcadas para dia 22 de Março, dia de greve geral, mas foram adiadas, segundo confirmou ao i, Ana Aviola coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (FNSTP), afecta à CGTP. “Estamos agora a aguardar que o governo apresente uma nova data”, acrescentou.

Sabe-se que até ao próximo dia 15, os sindicatos estão a recolher informação para enviar uma contraproposta à proposta inicial do executivo para a segunda ronda de negociações.

Nota: O baile mandado!...


quinta-feira, 8 de março de 2012

Novos pobres. A classe média portuguesa passa fome.


A classe média portuguesa conhece hoje o amargo da pobreza. Há fome não assumida e um índice preocupante de suicídios. São fruto do desemprego e do endividamento crescentes. O alarme vem das instituições de solidariedade social, como a Cáritas ou o Banco Alimentar, ouvidas pelo i.

À porta do Centro de Emprego do Conde de Redondo, em Lisboa, está Marta, de 43 anos, que veio inscrever-se no desemprego. Perdeu o trabalho que tinha numa editora e o marido está há 11 meses desempregado. Ambos são licenciados. Fala de uma situação aflitiva, pois perderam a casa por terem deixado de pagar o crédito e tiveram de ir com três filhos morar com os sogros. O marido está com uma depressão profunda. “Não dizemos aos amigos que em casa há dias em que se janta pouco mais que pão com manteiga”, diz, envergonhada.

Situações como esta são o pão nosso de cada dia para Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar contra a Fome: “As pessoas da classe média não ousam reconhecer que necessitam de alimentos. Não pedem sequer auxílio alimentar. Procuram as instituições de solidariedade social para pedir orientação para renegociar os créditos.”

Nota: Esta é a verdade!... Não venham com "falinhas mansas" que já não convencem ninguém...

Fecho de empresas triplicou no segundo semestre, revela o INE.


Portugal registou, em 2011, o desaparecimento de 32.989 empresas, e no segundo semestre do ano foram dissolvidas mais do triplo das que desapareceram no primeiro semestre, indica o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Nota: O efeito de passos mal dados...

Governo abre excepção para a TAP e autoriza empresa a manter salários .


Depois de dois meses de espera, os trabalhadores da TAP ficaram ontem a saber que vão manter os salários intactos em 2012, contrariando as imposições do Governo para o Sector Empresarial do Estado desde o ano passado. O anúncio foi feito aos sindicatos, numa reunião convocada pelo presidente do grupo, Fernando Pinto, que esta semana recebeu luz verde das Finanças para aplicar um regime de excepção na transportadora aérea estatal.

Nota: Uns são filhos da mãe e os outros...

Sorriso amarelo.

A inesperada imprudência de Passos Coelho.


Pedro Passos Coelho arrisca agravar as dificuldades do País ao actuar como se já não precisasse de ninguém. É um erro encurralar António José Seguro obrigando o PS a romper o apoio ao memorando de entendimento da troika. Portugal seria então, sem dúvida para os analistas internacionais, a nova Grécia.
Pedro Passos Coelho arrisca agravar as dificuldades do País ao actuar como se já não precisasse de ninguém. É um erro encurralar António José Seguro obrigando o PS a romper o apoio ao memorando de entendimento da troika. Portugal seria então, sem dúvida para os analistas internacionais, a nova Grécia.
Nota: braço de ferro... enferrugado!...

terça-feira, 6 de março de 2012

Todo o tempo é tempo.


Diz o Sr. Ministro das Finanças que o Governo, mesmo que venha a ser necessário, não solicitará nem o alargamento do prazo, nem o reforço de verbas, cabendo essa responsbilidade a outros, presume-se – BCE, FMI, CE.

Significa isto que o governo não é governo, é uma comissão administrativa tutelada pela Troika. É um dado oficial revelador em que o Estado Português foi substituído pela simples dependência que é condição dos satélites de todos os sinais de colonato. Omitir isto é dramático.

Acontece que o simplista discurso oficial – cumprir a Troika – vai entretendo a falta de alternativas e ocultando a forma definitiva da vontade dos portugueses.

Todavia, o poder de comunicação não pode ficar monopolizada pelo dogma Troika.

Neste sentido, a argumentação do governo PSD/CDS dá lugar à cidadania da palavra e do palavrão, à critica das opiniões e ao insulto de quem opina, ao combate ao governo e à difamação de quem governou. Mas uma coisa é incontornável: os portugueses não são um estorvo; Portugal aconteceu, acontece, e temos que querer – acontecerá. Portugal são os Portugueses: os traidores de 1580 e os heróis de 1640, os desertores e os combatentes das guerras ultramarinas….

Decerto. Em Democracia sabemos que o povo soberano vota mas não manda, usando listas partidárias que não escolhe. Não obstante, a política partidária, neste momento, não deve entravar o país. Será uma tragédia ficarem confinados a taticismos temporais ou de desgaste, em vez de serem uma longa mão do cidadão eleitor que não deseja ser um satélite ideológico, económico, político. Podemos ter que nos vergar à dureza dos factos, mas o regime democrático, assente num Estado de Direito, não permite que seja o sofrimento de muitos, que seja a gritante injustiça de poucos, a renuncia à mudança.

Por outro lado, acredito que não fazem bem os que acarinham esta submissão em que tudo se reduz a um ajuste de contas – contas político-partidárias, contas contabilisticas, “contas de cobrança à moda de Chicago anos 30”. Nenhum político sensato pode aprovar esta atitude; o infantilismo político que pretende transformar a opinião pública na etiqueta «não há alternativa» no primado do problema, já usou tempo excessivo para o demonstar. O pseudo-governo PSD/CDS (nas palavras do Ministro das Finanças) tem que arcar com as consequências das consequências: à data, 15% de desemprego, PIB –-3,5%, economia em colapso – indicadores, sinais do seu memento moris. Será de grande oportunidade que os desinteressados contribuintes não dêm crédito à má reputação de Maquiavel e o leiam e estudem.

Pois bem. Em Democracia – se ainda a queremos salvar – nada obriga a nenhuma argumentação estrutural no sentido de impedir, pela mão do Senhor Presidente da República, que se realize uma profunda mudança governamental tentando pôr termo ao desreglamento social.

Todo o tempo é tempo para transformar oportunismos politicos e /ou pessoais em valores políticos superiores: Portugal uma Pátria.

Lucílio Carvalheiro

Casos de cegueira no Santa Maria: "provas foram eliminadas" .


A coordenadora de farmácia do Hospital de Santa Maria declarou ontem no Campus da Justiça, em Lisboa, ter atirado para o lixo as sobras do medicamento que, em Julho de 2009, cegou seis pessoas (duas totalmente e quatro parcialmente) no Serviço de Oftalmologia daquele hospital. Ouvida como testemunha de acusação, Regina Lourenço justificou a sua decisão como "inata e da altura" e referiu que eliminou os restos do medicamento usado porque suspeitou de uma "contaminação infecciosa".

Nota: Mas como é que isto é possível acontecer?

Evitar o inevitavel!...

segunda-feira, 5 de março de 2012

Portugal regista maior queda da UE nas vendas a retalho em Janeiro.


Portugal foi o país da União Europeia com maior queda nas vendas em retalho em Janeiro.
De acordo com os dados do Eurostat, hoje divulgados, a queda do comércio a retalho em Portugal foi de 8,7% em termos anuais, a maior entre os 27 países da UE. Em termos mensais, ou seja, comparando Janeiro com Dezembro passado, Portugal também surge como o país europeu que mais viu cair as vendas – 2,7% Em Janeiro, o volume do comércio a retalho aumentou 0,4% na UE e 0,3% na zona euro, quando comparado com Dezembro. Em termos anuais, o indicador manteve-se estável na região da moeda única, enquanto ao nível dos 27 Estados registou uma subida de 0,7%. Em termos anuais, as vendas a retalho cresceram em 11 países e caíram em sete. Os maiores aumentos deram-se na Lituânia (17%), Letónia (16,6%) e Roménia (10,2%). As maiores quedas foram em Portugal (-8,7%), Malta (-5,7%) e Bulgária (-2,6%). Em termos mensais, houve igual número de países (nove) a registar aumentos e descidas, de entre aqueles para que há dados disponíveis. Os maiores aumentos do comércio a retalho foram la Letónia (6,4%), Eslovénia (5,5%) e Roménia (3%), enquanto as maiores quedas foram, além de Portugal (-2,7%), a Dinamarca (-2,1%) e a Alemanha (-1,6%).
Nota: Mas será que alguém se poderá admirar com isto?

Seis ex-dirigentes das Águas de Coimbra respondem por crimes de abuso de poder.


Quatro antigos administradores e dois ex-diretores da empresa municipal Águas de Coimbra começam, na terça-feira, a ser julgados pela alegada prática de duas dezenas e meia de crimes de abuso de poder no exercício de funções.

No processo pelo qual vão a julgamento, no Tribunal de Coimbra, são acusados e pronunciados pela contratualização de serviços e contratações de recursos humanos sem consulta ao mercado, alegadamente beneficiando amigos e parceiros de empresas onde tinham interesses.

São ainda indiciados por atos lesivos para as pessoas e carreiras de funcionários superiores da empresa, dois deles a surgir neste processo como demandantes.

Os principais visados são Jorge Temido e Nuno Curica Branco, cada um indiciado pela prática, em concurso efetivo, de sete crimes de abuso de poder.

Paulo Canha, que foi presidente do Conselho de Administração da Águas de Coimbra (AC) entre 2005 e 2007 - transitando depois para a administração da Águas do Mondego, empresa de capitais públicos e municipais -, é responsabilizado pela prática em concurso efetivo de quatro crimes de abuso de poder.

Jorge Temido foi vogal no Conselho de Administração de Paulo Canha, tendo-lhe sucedido na presidência, até 2009.

Nota: É assim que o "nosso" dinheiro "desaparece"...

Obama: EUA não hesitarão em atacar o Irão.


O presidente dos Estados Unidos afirmou ontem que não hesitará em atacar o Irão para o impedir de fabricar armas nucleares, mas advertiu que "falar demasiado de guerra" só ajuda o regime e faz aumentar o preço do petróleo.

Barack Obama, que discursava no principal "lobby" pró-Israel dos Estados Unidos, sublinhou que o Irão ainda pode escolher a via diplomática para resolver o conflito em torno do seu controverso programa nuclear.

"Acredito firmemente que continua a haver uma oportunidade para que a via diplomática -- acompanhada de pressão -- tenha êxito. Os Estados Unidos e Israel consideram ambos que o Irão ainda não tem uma arma nuclear e estamos extremamente vigilantes no acompanhamento do programa", disse Obama.

O presidente norte-americano pediu a Israel mais tempo para que as sanções internacionais isolem ainda mais o Irão.

"Em nome da segurança de Israel, da segurança dos Estados Unidos e da paz e segurança no mundo, este não é o momento para falar com voz grossa", disse Obama perante milhares de participantes na conferência anual do Comité de Relações Públicas Americano-Israelita.

"Este é o momento de permitir que a nossa pressão reforçada faça efeito e de sustentar a ampla coligação internacional que construímos", acrescentou.

Nota: Só não vê quem não quer...


Europa: Refundação ou Deslocação.

A Europa está a devorar os seus próprios filhos. É urgente estudar formas de reconstruir e de começar a entender como aqui chegamos. Artigo de Michel Husson - O Sarcófago, 2012.

Na realidade, o verme estava na fruta, por uma razão de fundo: "nada, nem na teoria nem na prática, permite estabelecer o postulado segundo o qual a contração monetária forçaria a convergência real dos países europeus". A moeda única "assume a realização de um espaço homogéneo para a qual é suposto contribuir". Ou seja, para usar uma fórmula de Patrick Artus: "Forçar os países da zona euro para se tornar homogéneo não faz sentido".

O euro foi concebido basicamente como um instrumento de disciplina orçamental e, sobretudo, salarial, fazendo dos salários a única variável de ajustamento de trajetórias nacionais heterogéneas. Mas nem as taxas de inflação, nem as taxas de crescimento convergiram e o fraccionamento da Europa começou bem antes da crise. Ao invés de uma "desvalorização interna" (cortes dos salários), os países do Sul, cujas taxas de inflação são estruturalmente mais elevadas (mas por outras razões que uma deriva salarial), contornaram o obstáculo. Eles aproveitaram dois efeitos “perversos” (do ponto de vista neoliberal) da unificação: primeiro, os défices comerciais não causaram, por definição, o questionamento da moeda nacional. Além disso, as taxas de juros nominais, que se alinharam por baixo, conduziram nesses países a uma inflação mais elevada, com taxas de juros reais muito baixas, que encorajaram o desenvolvimento de bolhas imobiliárias.

A crise veio pôr fim a essa corrida desenfreada, e com o jogo da transferência de dívidas privadas para as dívidas públicas, atingiu brutalmente os países do sul da Europa. Neste sentido, a crise é um indicativo do caráter truncado, curto, falho, insustentável, do projeto europeu neoliberal. É evidente que uma moeda comum, conservando a possibilidade de ajustamentos dentro da zona, teria sido preferível. Mas devemos insistir numa outra ideia: não havia apenas uma maneira de construir a Europa e não seria "anti-europeu" dizer não a Maastricht ou ao projecto de Tratado. Deste ponto de vista, Jacques Delors tem uma pesada responsabilidade por ter sustentado que o caminho escolhido era irrelevante, uma vez que a natureza abomina o vácuo, pois o social acabaria por ser enxertado no núcleo monetário e fiscal. Um argumento semelhante foi apresentado por Lionel Jospin na aceitação do Tratado de Amesterdão, em 1997, e que se encontra agora nas justificações dos socialistas em votar a favor do "Mecanismo Europeu de Estabilidade”.

É hora de bifurcar e adotar um outro projeto possível que tenha em conta as dificuldades inerentes à unificação económica de países heterogéneos. Este projeto é o da harmonização e opõe-se ponto por ponto àquele que depende da concorrência "livre e não falseada". Os eixos essenciais de uma tal abordagem são bem conhecidos e foram extensivamente analisados. No plano económico, devemos começar por unificar a tributação, particularmente sobre as empresas, de modo a pôr fim ao dumping social e alimentar um orçamento comunitário consequente (como agora é limitado a 1% do PIB). Isso permitiria financiar os fundos de harmonização social e os investimentos públicos socialmente úteis, inscritos num planeamento ecológico concertado. Um sistema de salários mínimos, calculados com base no salário médio de cada país, permitiria reduzir a competição entre assalariados e estabelecer um processo de convergência. A legislação social deveria igualmente ser harmonizada, até cima, com os serviços públicos europeus no lugar ao invés de programar a sua privatização, etc. Nem tudo estaria resolvido. Os debates continuam em aberto, por exemplo, na questão do protecionismo europeu, mas estas grandes diretrizes desenham um projeto coerente com o objetivo da unificação europeia. Devemos acrescentar ainda um último elemento, a partilha das dívidas públicas com a possibilidade de o Banco Central Europeu financiar diretamente os défices, sem dever passar o desafio para os "mercados".

Estas grandes orientações opõem-se, ponto por ponto, ao federalismo, que está em processo para ser colocado nas medidas de "resgate" dos Estados… e dos bancos. O conjunto de diretrizes chamado “six-pack” e o Mecanismo Europeu de Estabilidade estão a endurecer o enquadramento das políticas orçamentais. Mas atravessam ilegalmente um novo passo, mantendo os custos unitários do trabalho entre os indicadores "para a prevenção e correcção dos desequilíbrios macroeconómicos". Isto significa que um país cujos salários evoluam de maneira muito diferente da média poderia vir a ser sancionado no final. Há uma tentativa de transferir a soberania sobre uma questão - os salários - que não até aqui não foi longe no campo das competências comunitárias. O federalismo constitui um salto qualitativo na gestão neoliberal da Europa. Ele alivia os cidadãos de qualquer expressão democrática em favor de uma casta burocrática cegamente aplicadora das normas estereotipadas. Mais do que nunca, para dizer as coisas simplesmente, esta Europa desfigurada está inteiramente ao serviço da finança e do capital.

Deveríamos então sair deste gang ou resignar-nos e esperar por melhores dias, quando 27 governos mais inspirados lançassem as bases de uma outra Europa? Certamente seria assim, se permitíssemos esta alusão, adiando indefinidamente o nascimento desta "boa" Europa. Mas sair do euro e romper com o euro-liberalismo são duas coisas diferentes. A saída do euro permitiria duas coisas: financiar o défice pelo Banco Central e desvalorizar para restaurar a competitividade.

Este último argumento é o mais frequentemente apresentado, porque responde, em parte, a um dos principais defeitos da construção da Europa. Mas ele esquece os enormes custos de um tal resultado: a dívida pública de não-residentes, denominados em moeda forte, que aumentaria a taxa de desvalorização. A "nova" moeda estaria exposta diretamente, sem proteção, à especulação e, mais importante, abriria uma guerra comercial sem fim e de consequências incontroláveis​​.

É sempre necessário fazer a distinção entre medidas cooperativas - aquelas que têm mais sucesso quando são generalizadas - e medidas não-cooperativas, aquelas que funcionam apenas se os outros países não as tomarem. Esta distinção é crucial, dado o grau de integração das economias europeias e pode contrastar duas concepções muito diferentes de uma possível saída da crise. A primeira pode ser descrita como soberanista, porque ela encontra a sua salvação em oposição ao resto do mundo, apresentado como responsável por todos os males. Esta congruência espontânea com a temática nacionalista explica por que a Frente Nacional faz da saída do euro o seu cavalo de batalha. Ao contrário, o conceito de solidariedade aposta nos efeitos desmultiplicadores de uma generalização de medidas cooperativas. Esta é a única maneira de evitar ter de escolher entre duas austeridades: a das instituições europeias e a do capital nacional.

Não é uma questão de se deixar fechar numa falsa alternativa entre uma aventura arriscada - a saída do euro – e uma harmonização utópica. O caminho é muito estreito e só pode existir com a condição de quebrar com a Europa que realmente existe, mas em nome de uma outra Europa. É preciso estabelecer um equilíbrio de forças, que não compreendam nem Zapatero, nem Papandreou, contando com a legitimidade das soluções progressistas. Por outras palavras, ir contra as regras de jogo europeias para conseguir a transformação social e proteger esta experiência, propondo-a como uma alternativa para a Europa atual.

A Europa não é uma boa ideia, nem um luxo. Esta é a escala adequada para políticas sociais e ecológicas mais do que nunca necessárias. A corrida desenfreada da Europa neoliberal a que estamos a assistir hoje depende de duas principais de ajustamento: o progresso social e da luta contra o aquecimento global. Este projeto deve ser combatido, pois conduz à deslocação social e à luxação da Europa.

* Michel Husson – Economista francês, investigador no IRES (Instituto de Investigações Económicas e Sociais).


Punk Economics


sábado, 3 de março de 2012

Economia para principiantes: Penar, pagar, aguentar.


Todos deveríamos ter um doutoramento em Inevitabilidade. Ou, como isso dá muito trabalho, custa bom dinheiro e duvido que haja alguma universidade que tenha apostado nesta nobre área, pelo menos, deveríamos estar munidos de um talento natural para perscrutar os insondáveis caminhos desta ciência e dos seus gurus de sempre.

Mas como a maioria de nós não tem nem uma coisa nem outra, resta-nos ouvir com especial deleite as palavras dos mesmos de sempre.

Primeiro, as inevitabilidades dos mesmos de sempre: Tudo isto é absolutamente inevitável até que se demonstre o contrário. E se, eventualmente, for demonstrado o contrário, nasce outra inevitabilidade e por aí fora... Estão a ver? É o conceito da vulnerabilidade da inevitabilidade. A inevitabilidade em vigor é esta: a crise é inevitável, os reajustes são inevitáveis, o empobrecimento é inevitável, os cortes salariais são inevitáveis, as contenções avulso são inevitáveis, o desemprego é inevitável... Tudo isto é fado, tudo isto é inevitabilidade. É o raio do deve o do haver que nunca se sintonizam com a precisão desejável. E como temos mais a dever do que a haver, resta-nos penar, pagar e aguentar ou seja... É inevitável.

Depois: há sempre alguém que avisa. Houve, sim. Mas, geralmente, ninguém liga muito. Só depois do desastre - que é quando começam as inevitabilidades como devir histórico – é que alguém dá mérito aos poucos que avisaram mas a quem ninguém ligou. Aí, os mesmos de sempre ocupam logo o seu espaço mediático para nos dar a receita: penar, pagar, aguentar. É a inevitabilidade.

De que valia prevenir ou avisar, procurar alternativas, se tudo isto se resume a uma inevitabilidade?

Penar, pagar, aguentar.

Por: Nuno Francisco

Sorriso Amarelo...

Mais de 10 mil candidatos para 300 vagas na PSP.


Mais de 10 mil candidatos concorreram às 300 vagas para o curso de agente da PSP, número recorde dos últimos anos, de acordo com fonte daquela força de segurança.

Segundo a direção nacional da PSP, candidataram-se ao curso de formação de novos agentes 10 415 pessoas, mais 30 por cento do que no último concurso, realizada em 2010, quando concorreram cerca de sete mil.

Desta vez vão ser abertas 300 vagas, enquanto em 2010 foram admitidos mil novos elementos. Dos 10 415 candidatos, 11 por cento têm uma licenciatura e 23 por cento são mulheres, de acordo com a Polícia de Segurança Pública.

As candidaturas para o curso de agente da PSP decorreram entre 10 de fevereiro e sexta-feira e este ano, pela primeira vez, foram feitas por via eletrónica.

Para entrar na Polícia, os candidatos têm de ter nacionalidade portuguesa, mais de 19 anos, 12.º ano de escolaridade e uma altura mínima de 1,65 metros para homens e 1,60 metros para mulheres.

A PSP refere que as provas físicas vão ter início a 19 de março e deverão estar concluídas até ao final de abril. O curso de formação de agentes vai ter início este ano e os selecionados passam a integrar os quadros da Polícia de Segurança Pública em 2013.


Nota: Só se for para colocar alguns "mentirosos e corruptos" de cana...

Londres - Desemprego deixa portugueses a dormir nas ruas.


Hilário Graça e a esposa viajaram à procura de trabalho no Reino Unido mas as promessas de emprego não se concretizaram e acabaram a dormir dentro de um carro nas ruas de Londres.

Este construtor civil de 54 anos, deixou Tomar em janeiro porque "estava numa situação dramática".

"Tenho vários dinheiros a receber no Algarve e como realmente não pagavam tentei a busca de melhor", contou à agência Lusa.

Porém, as promessas de trabalho que obteve de contactos que fez previamente não se concretizaram. "Agora estou numa situação em que nem dinheiro tenho para ir para Portugal".

Nem em Thetford, no leste de Inglaterra, onde vive uma numerosa comunidade portuguesa e onde já tinha estado no passado, nem em Londres conseguiu trabalhos de construção ou de limpeza para a esposa.

Gasto o dinheiro que trouxeram de Portugal e sem alojamento, dormiram vários dias dentro do carro nas ruas de Stockwell, zona onde está concentrada a comunidade portuguesa na capital britânica.


Nota: Tal como nos anos 60...

A Lógica é uma batata!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Regredir.


A política de salários baixos e emprego não especializado prevaleceu em Portugal durante muitos anos no passado recente. Serviu para atrair investimentos de mão obra intensiva e dar trabalho a um número cada vez mais elevado de portugueses que se iam libertando de atividades agrícolas, do subemprego ou ainda aqueles que iniciavam uma vida ativa com fracas habilitações.

Foi assim que se desenvolveram atividades ligadas a diferentes sectores, como o têxtil, confeções, calçado, cablagens, etc.

No entanto, não podia ser nossa ambição viver continuadamente com um projeto que se esgotava, a prazo curto, por aparecerem outros países dispostos a substituir-nos nesse papel e com níveis de proteção social baixos.

Cedo verificamos que um país como o nosso, com poucos recursos naturais, teria de assentar o seu modelo económico na capacidade de criar valor através do conhecimento e da inovação. Isso obrigaria a investirmos mais na formação das pessoas, na investigação, na qualificação e reconversão do tipo de mão-de-obra.

Foi o que fizemos. Fez-se um esforço para prolongar a formação e melhorar a qualificação dos portugueses com um maior investimento na escola pública e nos institutos de investigação e os resultados começaram a fazer-se sentir.

Melhoramos os nossos produtos tradicionais acrescentando mais valor, tecnologia e inovação e nalgumas áreas demos saltos significativos no nosso ranking europeu e até mundial. Refiro me aos sectores das energias renováveis e equipamentos industriais conexos, tecnologias de informação, biotecnologias e até eletrónica. Passamos a vender com mais valor incorporado em vez de vender só mão-de-obra.

A nossa competitividade não se pode fazer só pelo lado dos custos de produção mas sobretudo pela introdução na cadeia de mais valor adquirido através da especialização do saber incorporado. Grande transformação estava em marcha não só nos produtos tradicionais mas também em novos produtos e serviços que começamos a exportar.

Hoje assistimos a um recuo. A atual política de austeridade unicamente centrada na consolidação das contas públicas esquece o crescimento e emprego e conduz os jovens, mais bem preparados, ao desemprego e emigração.

Com alterações ao nível das condições do regime laboral assistimos a uma facilitação dos despedimentos num cenário já deprimente de forte desemprego.

Formamos mais e melhor e aproveitamos menos. Voltamos aos salários baixos com maior intensidade produtiva. Recorremos menos a inovação porque não há empenhamento em apoiar os empreendedores. Afastamo-nos do pelotão da frente nas energias renováveis. Damos sinais errados sobre os incentivos as novas tecnologias e clusters inovadores. Acabaram as Novas Oportunidades sem balanço e sem nada em sua substituição

Em suma, desincentiva-se a formação porque está condenada ao desemprego e não se fomentam as atividades mais dinâmicas que nos conduzem a uma especialização protetora da concorrência.

Regredimos. Voltamos aos salários baixos, com trabalhadores mais qualificados, com mais dias de produção, mais fácil despedir, mas sem trabalho e cada vez com menos procura agregada.

Para onde vamos se cada vez estamos pior?

Crónica de: Fernando Serrasqueiro

Novo recorde de desempregados em Espanha: 4,7 milhões.


O número de desempregados em Espanha atingiu em Fevereiro um novo recorde, com mais 112 mil do que em Janeiro, somando um total de mais de 4,7 milhões, segundo revelou o Ministério do Emprego.

Nota: Aqui também não há culpados...

Esquizofrenia.

“Não estranharia que a troika propusesse a Portugal vender os Açores e a Madeira”, diz Luís Sepúlveda.


Luís Sepúlveda diz que “não estranharia que um destes dias o FMI ou a troika proponham a Portugal vender os Açores e a Madeira!”.

Em entrevista ao Jornal de Negócios, o escritor chileno lembra o que se chegou a propor à Grécia, no caso das suas ilhas, e compara as duas situações com o que aconteceu em 2003, com a Patagónia, quando o governo argentino tentou vender a região aos Estados Unidos para saldar a sua dívida externa.

“Isso é verdade e descobriu-se através de uma investigação do ‘Le Monde’ e do ‘Noveul Observateur’. Descobriu-se que a Patagónia argentina estava destinada a ser a estrela número 52 dos Estados Unidos, e foi a pressão cidadã que o impediu”, conta Sepúlveda.

O autor de “O Velho que lia Romances de Amor” considera que nos países europeus as pessoas “habituaram-se a uma espécie de riqueza, sem perguntar de onde vinha, sem perguntar o que fazer para conservar essa riqueza”. No entanto, ressalva que isto não quer dizer que acredite “na pobreza como uma virtude”, dizendo mesmo que a Europa vive casos de pobreza ao nível do pós-guerra. Na sua opinião, parte desta situação tem origem num défice de participação democrática e nas escolhas dos cidadãos. “Quando as pessoas, para terem dado “status social”, renunciam a certas coisas, como à atitude de participação…Se hoje em dia um banco tem mais força que o parlamento é porque os cidadãos o permitiram”, justifica.

Sepúlveda diz, porém, que as medidas de austeridade são cínicas por pedirem aos cidadãos que paguem por erros cometidos não só por “banqueiros e poderosos”, mas também pelos dos políticos e, no caso da Europa, pela construção deficiente do seu projecto comum.

PS - Estou desconfiado que o Sepúlveda nunca mais entra no "reino da Madeira"...

Alemanha é dos principais beneficiários indiretos dos fundos estruturais da União Europeia.A Alemanha é um dos maiores contribuintes da União Europeia


A Alemanha é um dos maiores contribuintes da União Europeia (UE), mas também um dos principais beneficiários, indiretos, dos fundos de coesão destinados a quatro Estados membros da Europa Central, conforme um estudo agora divulgado, noticia a AP.

Cada euro que a Alemanha paga para os fundos de coesão gera 1,25 euros em receitas de exportações para Polónia, República Checa, Eslováquia e Hungria, apurou um estudo feito pelo Ministério polaco do Desenvolvimento Regional, em cooperação com os outros três Estados.

Em média, cada euro da UE investido nos 15 Estados membros que integravam o conjunto antes da sua expansão em 2004 gerava exportações de 0,61 euros, concluiu o estudo, que incide sobre o período entre 2004 e 2015.

Os 27 membros da União Europeia afetaram 347.000 milhões de euros para fundos de coesão e desenvolvimento regional para o período 2007-2013, representando 35,7 por cento do orçamento total.

Com uma população de 38 milhões de pessoas, a Polónia é o maior Estado dos recém-entrados e prevê-se que absorva 68.000 milhões de euros em fundos de coesão ao longo do período.

O governo de Varsóvia está também a contestar fortemente qualquer possibilidade de reduzir os fundos de coesão nos planos orçamentais da UE para 2013-2020.

Nota: A Europa nas mãos dos Alemães com a conivência da França. Mas onde é que eu já vi isto?